"Você não viu nada em Horoshima, nada."
O premiado filme de Alain Resnais não é filme fácil de ser visto ou de se ficar “hipnotizado”, mas mantém sua aura de um dos melhores filmes franceses da década de 50. Resnais e a roteirista (Marguerite Duras) desenvolvem um complexa história envolvendo uma atriz francesa (Emmanuelle Riva), na época da França ocupada durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em contraste com a vida de um arquiteto japonês, traumatizado de guerra e sobrevivente ao ataque atômico em Hiroshima, interpretado por Eiji Okada.
Esses fatos são mostrados em rápidos flashbacks, dando fundo à história contemporânea – para a época - do relacionamento de uma mulher com um homem, em Hiroshima. Resnais se recusa em precisar o tempo no filme – nunca sabemos com certeza se estamos presenciando os eventos de 1959 ou de 1945. Lembremos do famoso relógio encontrado nas ruínas de Hiroshima e que permanentemente marca 9h15.
Na verdade, “Hiroshima, Mon Amour” não é demasiado hermético como muitos acreditam ser – o tema central da importância em fixar o passado dos personagens sempre surge de forma expressiva e clara – mas, segundo li, à época de seu lançamento, houve quem abandonasse a sessão declarando tratar-se de um mau trabalho, fazendo com que esforços futuros de Resnais fossem vistos com cautela.
Aficcionados do Cinema – como eu – são estimulados sempre a ver e rever esse belo filme, do começo ao final; pode não ser uma jornada fácil, porém, é sempre extremamente compensadora.
Uma obra-prima.
Esses fatos são mostrados em rápidos flashbacks, dando fundo à história contemporânea – para a época - do relacionamento de uma mulher com um homem, em Hiroshima. Resnais se recusa em precisar o tempo no filme – nunca sabemos com certeza se estamos presenciando os eventos de 1959 ou de 1945. Lembremos do famoso relógio encontrado nas ruínas de Hiroshima e que permanentemente marca 9h15.
Na verdade, “Hiroshima, Mon Amour” não é demasiado hermético como muitos acreditam ser – o tema central da importância em fixar o passado dos personagens sempre surge de forma expressiva e clara – mas, segundo li, à época de seu lançamento, houve quem abandonasse a sessão declarando tratar-se de um mau trabalho, fazendo com que esforços futuros de Resnais fossem vistos com cautela.
Aficcionados do Cinema – como eu – são estimulados sempre a ver e rever esse belo filme, do começo ao final; pode não ser uma jornada fácil, porém, é sempre extremamente compensadora.
Uma obra-prima.
Hiroshima, Mon Amour (Hiroshima, Mon Amour)
1959 - FRANÇA - 88 min. Preto e Branco - Drama
Direção: ALAIN RESNAIS. Roteiro: MARGUERITE DURAS. Fotografia: SACHA VIERNY e MICHIO TAKAHASHI. Montagem: HENRI COLPI e JASMINE CHASNEY.Música: GIOVANNI FUSCO e GEORGE DELERUE. Produção: ANATOLE DAUMAN.
Elenco: EMMANUELLE RIVA (Ela), EIJI OKADA (Ele), STELLA DASSAS (Mãe), PIERRE BARBAUD (Pai), BERNARD FRESSON (Amante alemão).
Prêmios:
Melhor Filme Estrangeiro - Associação dos Críticos de Cinema de Nova Iorque/1960.
Sindicato Francês dos Críticos de Cinema/1960.
Prêmio UN/1960.
Trailer Original:
Um comentário:
Um filme para se degustar de orashi... Contemplativamente...
Postar um comentário