domingo, 31 de maio de 2009

SP GANHA CINE MARABÁ REMODELADO



A cidade de São Paulo recebeu um presente ontem. Foi reinaugurado o Cine Marabá. O antigo cinema da década de 40 era tombado pelo patrimônio histórico nos anos 90 e foi remodelado, mantendo-se a fachada e o hall de entrada. A mudanã maior deu-se na transformação de uma sala única de 1655 lugares para 5 salas, multiplex – a maior, com 430 lugares. A iniciativa foi da PlayArte. O projeto ficou a cargo de Ruy Ohtake e o restauro de Samuel Kruchin. A reforma ficou a um custo superior de R$ 8 milhões. A cidade merece e os paulistanos agradecem. Vamos aguardar que, em sendo sucesso essa empreitada, outros projeto semelhantes sigam em frente e revitalizem nossa antiga Cinelândia. É o caso dos antigos cines Paissandu, Ipiranga, Marrocos, Art Palácio e Dom José. Veja mais em Cine Marabá .

A SAGA CONTINUA: TRAILER DE "LUA NOVA"


Com o sucesso de Crepúsculo (2009), a galera está aguardando com ansiedade o mais novo capítulo da saga – Lua Nova (The Twilight Saga: New Moon). A estréia no Brasil está prevista para ocorrer em Novembro deste ano. Para os fãs, fica aqui o trailer do filme.

CATHERINE ZETA-BOYLE


Com a derrota na final do Britain´s Got Talent, Susan Boyle acabou não abocanhando os 100.000 euros, mas provavelmente já tem seu nome na boca do povo – que a web o diga. Isso já foi suficiente para alguns rumores de que estaria sendo sondada por Hollywoood – não para ser uma estrela. O que estaria sendo alvo de ser levado à telona é sua trajetória de vida – uma escocesa da província de West Lothian, 48 anos, voluntária religiosa e nunca beijada. A possível interessada nessa empreitada é a atriz Catherine Zeta-Jones, também escocesa. Diz-se que mesmo James Cameron, de Titanic estaria interessado em um projeto semelhante. Tudo isso tem sido desmentido. Enquanto isso, resta-nos divertir com o que tem rolado de brincadeiras sobre a “nova estrela” Susan Boyle. Veja aqui Funny or Die .


Fonte: Folhaonline

segunda-feira, 25 de maio de 2009

X-MEN ORIGENS: WOLVERINE

“Você não é um animal, Logan".


O bravo e sarcástico Wolverine agora surge no episódio “ X-Men Origens: Wolverine”, de forma a explicar seu passado e porque o cara é intrigante e incomum. Em determinada cena, ele se diz canadense. Com isso, não fica muito clara sua participação na Guerra Civil Americana, assim como também o fato dele parecer um inglês que passa o verão durante a infância em Indiana, nos Estados Unidos. Outro ponto é que, até então, não se sabia que Logan tinha um irmão. Victor Creed, melhor conhecido (não neste filme) como Dente-de-Sabre, o vilão que num dado momento era tido como o pai de Wolverine, é na verdade seu irmão. Ficamos sabendo isso, graças à confusa seqüência de abertura, na qual a troca de paternidade nos remete ao ano de 1845; entretanto, fica-se sem saber quando a tal troca teria ocorrido. Wolverine, ainda conhecido como James Logan, tem suas garras ainda feitas de osso e não de adamantium; abre a seqüência lutando numa série de batalhas (não em sua roupa de guerra), junto com Victor. Este, que tem suas unhas pontiagudas, é interpretado por Liev Schreiber.

Victor e James (tecnicamente, ele se torna Wolverine somente após os implantes de adamantium) são companheiros, depois inimigos mortais, e novamente amigos. Após a derrota na Guerra do Vietnã, James aposenta-se para as montanhas canadenses, onde ouve de sua namorada, Kayla (Lynn Collins), uma lenda que inspira seu nome. Antes disso, porém, alguns de seus ex- companheiros mutantes morrem - que, infelizmente, coincidência ou não – lembra o atual, e já esquecido, “Watchmen” (2009).

“Wolverine” é mais curto e menos pretensioso do que “Watchmen” (2009) mas tão esquecível quanto aquele, com um roteiro cheio de pontas, algumas inconsistências. Vingança é o motivo principal do filme e, como boa ferramenta, há uma conspiração militar/científica do governo chefiada pelo malvado Stryker (Danny Huston, de longe o melhor do filme).

A série de personagens secundários desfilam pelas cenas, a maior parte mutantes com poderes variados e de questionáveis chances de sucesso para a franquia Marvel. Ryan Reynolds, Taylor Kitsch e Will.i.am exibem-se e fazem o que podem, mas infelizmente não são capazes de compensar as ausências de, por exemplo, Halle Berry, Anna Paquin ou Ian Mckellen.

Acho que “X-Men Origens: Wolverine” vem tentar angariar alguns milhões de dólares, no embalo dos episódios anteriores, mas é a última evidência de que o superherói está sofrendo de uma séria e cansativa falta de imaginação. A reviravolta final, que dá ao pobre Wolverine um caso de amnésia – transformando-o num tipo de Jason Bourne com ferimentos — é uma admissão virtual de que nada terrivelmente interessante se aprendeu sobre o personagem. Ele esquece sua origem antes que o filme dedicado a tratar do assunto tenha terminado.



X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine)
2009 – EUA - 107 min. – Colorido – AÇÃO
Direção: GAVIN HOOD. Roteiro: DAVID BENIOFF E SKIP WOODS. Fotografia: DONALD M. McALPINE. Montagem: NICOLAS DE TOTH E MEGAN GILL. Música: HARRY GREGSON-WILLIAMS. Produção: LAUREN SHULER DONNER, RALPH WINTER, HUGH JACKMAN E JJOHN PALERMO, distribuído pela 20th CENTURY FOX.

Elenco:
HUGH JACKMAN(Logan/Wolverine), LIVE SCHREIBER (Victor Creed), DANNY HUSTON (Stryker), WILL.I.AM (John Wraith), LYNN COLLINS (Kayla Silverfox), KEVIN DURAND (Fred Dukes), DOMINIC MONAGHAN (Bradley), TAYLOR KITSCH (Remy LeBeau), DANIEL HENNEY (Agente Zero) e RYAN REYNOLDS (Wade Wilson)



Cenas do filme:


Assista também:




X-Men

domingo, 24 de maio de 2009

CRÍTICOS PREMIAM AUSTRÍACO EM CANNES


Os críticos de cinema do festival de Cannes já lhe tinham atribuído o favoritismo, mas agora é mesmo oficial. A Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI), distinguiu o filme «Das Weisse Band», do austríaco Michael Haneke, como o melhor filme em competição. A cerimonia de entrega dos prêmios realizou-se neste sábado, dia 23. O longa-metragem, que analisa as origens do totalitarismo alemão, faturou o troféu da Fipresci como o melhor entre os 20 em competição no prestigiado festival. O anúncio dos ganhadores da Palma de Ouro (principal troféu da mostra) aconteceu neste domingo e o prêmio da crítica internacional para "Das Weisse Band" foi um bom termômetro para as apostas do grande vencedor. Aliás, Haneke também faturou a Palma de Ouro. Veja em Terra .

NASCIDO PARA MATAR

“O morto sabe somente uma coisa: É melhor estar vivo”.


O narrador do ultimo filme de Stanley Kubrick, "Nascido Para Matar", é um homem dividido. Ele é a própria dualidade em pessoa. Membro do corpo de fuzileiros navais, em preparação para a guerra do Vietnã, seu apelido, ou melhor, nome de guerra, é Joker. No peito, este observador cínico leva o símbolo hippie da paz; no capacete, a expressão Born to Kill (Nascido Para Matar). É através de seus olhos que teremos uma visão crua da guerra do Vietnã - visão esta que se aproxima mais do delírio de “Apocalypse Now” (79), de Francis Ford Coppola, do que da obviedade de “Platoon” (86), de Oliver Stone. Assim como a personalidade de seu personagem principal, também, o filme de Kubrick, se divide em duas partes. A primeira, simplesmente fantástica, mostra a preparação dos jovens fuzileiros na ilha de Parris, sob o comando do obsessivo sargento Hartman. O ritmo dos cerca de quarenta e cinco minutos iniciais é implacável. Em marcha batida, quase seguindo o compasso dos diversos hinos reacionários cantados por Hartman, Kubrick mostra, de forma hiper-realista, ao espectador, como funciona, na prática, o discurso fascistóide da caserna. A crítica aqui transcende os limites da guerra do Vietnã e atinge em cheio o militarismo e a irracionalidade das forças armadas que lutam por interesses extra patrióticos.

Hartman fala sem parar (a interpretação de Lee Ermey, ex-sargento dos marines, na vida real, é surpreendente). Suas palavras articulam de forma impressionante sexo e ideologia. "Deus tem tesão pelos fuzileiros", esbraveja em certo momento; "Cuidem de suas armas como cuidam desta coisa que carregam no meio das pernas", vocifera em outro. A princípio, o espectador ri do absurdo das frases de Hartman e, principalmente, do seu relacionamento com o soldado Pyle (também interpretado de forma magnífica por Vincent D'Onofrio). Pouco a pouco, no entanto, desenham-se as linhas de uma relação perversa entre Pyle - um bobalhão que não consegue acompanhar o dinamismo dos companheiros - e Hartman. Misto de carência e repulsão, o relacionamento entre os dois resultará numa trágica explosão de miolos.

Tudo se inicia com o tratamento repugnante que Hartman dispensa a Pyle. Tratando-o feito um idiota, o sargento obriga-o a passar pelas maiores humilhações possíveis frente aos demais recrutas, como, por exemplo, marchar com as calças arriadas e chupando o dedo. Imprestável para serviços que requisitam vigor físico, Pyle revela-se, contudo um exímio atirador. Sua mira é invejável. Atento às lições do sargento, Pyle vai lentamente se transfigurando.

Perde o ar bobo e assume a face doentia de um demente. "O instinto assassino precisa ser excitado", ensina Hartman, citando em seguida o exemplo de alunos "exemplares" do corpo de fuzileiros navais: Lee Oswald, responsável pela morte do Presidente norte-americano John F. Kennedy, e Charles Whitman, que, do alto de uma torre, atingiu mortalmente 12 pessoas, entre jovens, velhos e crianças. A primeira parte fecha-se com a resultante trágica do prolongamento da loucura de Pyle. Crime e castigo.

Após o trágico desfecho da parte um, o filme dá, ao mesmo tempo, um salto e uma queda. Salto, porque sai da ilha de Parris, direto, sem escalas, para o Vietnã. Queda, porque a narrativa perde o ritmo frenético inicial e adquire um tom de relato jornalístico - cansativo e inoportuno. Assim, se a primeira parte, repleta de seqüências filmadas em interiores, lembra “ O Exército Inútil” (83), de Robert Altman, a segunda, aproximando-se de uma forma excessivamente formal de narrativa, remete-nos a “Os Gritos do Silêncio”(84), de Roland Joffé.

Enquanto na primeira parte o cineasta deixa sua imaginação f1uir, transformando a ilha de Parris num asilo de loucos, na segunda, tropeça ao querer mostrar-nos detalhadamente a difícil vida de um correspondente de guerra (Joker), comprometido com a desinformação - em determinado instante, por exemplo, ele é obrigado, pelo próprio chefe, a modificar as palavras "caça e destruição", aplicadas a missões militares, por "busca e esclarecimento" - mais convenientes à orientação do Departamento de Imprensa e Informação para o qual trabalha.

A queda, no entanto, não chega a abalar de forma desastrosa a organicidade de Full Metal Jacket (expressão que significa "pente carregado de balas"). Há, ainda, momentos de grande impacto. Na seqüência que antecede ao final (uma atiradora vietnamita vai aos poucos matando vários soldados norte-americanos), Kubrick cita um fato verídico, referente a um batalhão de fuzileiros que demorou uma semana para derrubar um foco de resistência vietnamita, formado por (pasmem) dois atiradores.

Li que na cena há longos planos rodados como auxílio de uma câmara steadycam. Com certeza, por isso, criou-se um efeito mais brutal para aquilo que era filmado. Contudo, o primor mesmo fica por conta da última seqüência, talvez a imagem que melhor defina o nível de alienação dos jovens que combateram no Vietnã. Mestre em criar contrapontos audiovisuais, Kubrick encerra “Nascido Para Matar” mostrando os fuzileiros marchando sob ruínas vietnamitas ao som da música do Clube do Mickey Mouse. Essa é uma imagem que com certeza jamais esqueceremos. Genial.



"Nascido Para Matar" (Full Metal Jacket)
1987 - EUA - 116 min. – Colorido – GUERRA
Direção: STANLEY KUBRICK. Roteiro: STANLEY KUBRICK, MICHAEL HERR E GUSTAV HASFORD, baseado na obra “The Short Times”, de GUSTAV HASFORD. Fotografia: DOUGLAS MILSOME. Montagem: MARTIN HUNTER. Música: ABIGAIL MEAD. Produção: JAN HARLAN, distribuído pela WARNER BROS.

Elenco: MATTHEW MODINE (Joker) ADAM BALDWIN (Animal Mother), VINCENT D´ONOFRIO (Pyle), LEE ERMEY (Hartman), DORIAN HAREWOOD (Mimi), KEVYN MAJOR HOWARD (MacCaulay), ARLISS HOWARD (Eightball), ED O´ROSS (Rafterman), JOHN TERRY (Lockhart), KIERON JECCHINIS (Crazy Earl), KIRK TAYLOR (Payback), TIM COLCERI (Doorgunner), JOHN STAFFORD (Doc Jay) e BRUCE BOA (Poge Colonel).



Cenas do Filme:


Do mesmo diretor:



Barry Lyndon

sábado, 23 de maio de 2009

TODOS COMOVIDOS COM FARRAH FAWCETT


O estado de saúde da ex-Pantera Farrah Fawcett, 62, parece ter se agravado nos últimos dias. Fawcett foi diagnosticada com câncer retal há dois anos e meio. A doença teria se espalhado e atingido o fígado. Atualmente, a atriz passa os dias "deitada na cama", segundo o ator Ryan O'Neal, 68, que foi casado com ela por 17 anos. O ator Ryan O'Neal afirmou que não sabe como viverá sem Farrah Farrah. Em entrevista à revista "People", O'Neal afirmou que não saberá viver sem a atriz e que se apaixonou novamente por ela desde o diagnóstico. "Não sei como lidar com isso. Não sei o que vou fazer sem ela", disse O'Neal, às lágrimas.Ainda de acordo com o ator, os famosos cachos dourados de Fawcett caíram. "O cabelo caiu. Está guardado em casa. Ela não se importou." Ela recebe visitas de alguns amigos íntimos, como suas companheiras da série "As Panteras", da década de 70, Jaclyn Smith e Kate Jackson. O filho do casal Redmond, 25, que está preso por ter violado os termos de sua liberdade condicional, voltando a consumir drogas, teve a permissão de visitar a mãe por três horas para dar o adeus definitivo. Ryan também tem um histórico de problemas com drogas e chegou a ser preso com o filho. "Farrah não sabe que Redmond está com problemas. E está assustado pela sua mãe", contou O'Neal. A descoberta do câncer e o tratamento da doença de Fawcett estão foram mostrados em um documentário de duas horas que foi ao ar no dia 15 de maio, no canal NBC, nos Estados Unidos. Confira um trecho dessa reportagem em Farrah´s Story.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ATORES MIRINS DE "QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?" TÊM AS CASAS DESTRUÍDAS


O ator mirim Azharuddin Mohammed Ismail, que interpretou o personagem Salim quando criança, no vencedor do Oscar “Quem Quer Ser Um Milionário?" (2008) perdeu sua casa na última quinta-feira, dia 14 maio, segundo o site da rede BBC. A residência – na verdade um barraco - em que morava com sua família em uma favela foi destruída pelas autoridades de Mumbai, na Índia. Testemunhas afirmaram que a polícia agrediu o menino com um pedaço de bambu antes de expulsá-lo da casa. As autoridades acusam a família de Ismail de ocupar ilegalmente um terreno que seria de propriedade do governo. Continuando a intolerância, desta vez a vítima das autoridades indianas foi Rubina Ali. A garota de 9 anos interpretou a protagonista Latika, quando criança, no mesmo filme. Segundo ela, após retornar do mercado, sua casa havia sido destruída. Literalmente, a menina não tinha onde dormir. O motivo alegado para a destruição foi o mesmo: o terreno, de propriedade de autoridades ferroviárias, foi invadido. Rafiq Qureshi, pai da jovem, teve de ser hospitalizado depois de ser agredido com varas de bambu pela polícia, durante a ação na área chamada de “colônia de pobres”. Agora, à época de estréia do filme, que rendeu alguns milhões de dólares nas bilheterias, o diretor David Boyle mencionou que o dinheiro ganho pelas crianças no filme serviria de fundo para educá-las. Fica a pergunta: Esse dinheiro não serviria para ajudar na reconstrução de seus lares?

MORRE ATRIZ DE "HOMEM-ARANHA 3"


A atriz britânica Lucy Gordon, de 28 anos, morreu nesta quarta-feira (20). Seu corpo foi encontrado no seu apartamento em Paris. Segundo dizem, ela cometeu suicídio. Certeza mesmo, somente após a autópsia. Lucy ficou mais conhecida por interpretar a repórter Jennifer Dugan, no filme "Homem-Aranha 3” (2007). Ela completaria 29 anos nesta sexta-feira (22). Lucy Gordon também será lembrada por sua participação em filmes como "Honra e coragem - As Quatro Plumas (2002)" e "Bonecas russas" (2005)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"UP" DA PIXAR VEM AÍ


Um velhinho e um garoto de 8 anos andam pela floresta carregando uma casa. Essa é uma das cenas do último filme da PIXAR, “UP”, que participou da prémiere em Cannes. Fiquei curioso em assistir ao trailer dessa nova investida do estúdio. Pelo visto, a criatividade do grupo não tem limites. Depois de animarem monstros, peixes, carros, superheróis, ratos e robôs, agora parece que a vez é de “atacar” com um senhor septuagenário, chamado Carl Fredricksen, um comerciante de balões, e mais: em 3D.

Pelo que li, Carl é um viúvo, que se isolou do mundo. Forçado a ir para um retiro para idosos, ele prega balões em sua casa e segue “voando” para perseguir seu sonho de criança como desbravador: as cachoeiras na América do Sul. No meio do caminho, tem que lidar com personagens esquisitos, tais como o garoto Russel e o cãozinho Dug, que mudam sua forma de vida. Estréia no Brasil dia 4 de setembro. Vamos aguardar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

CINEGRAFISTAS DE TIRAR O CHAPÉU #1

GREGG TOLAND
(1904-1948)

Nascido em Illinois em 1904, era o único filho de Jennie e Frank Toland. Seus pais se divorciaram em 1910 e, após alguns anos, Gregg e sua mãe mudaram-se para a Califórnia. Através do trabalho como um governanta de pessoas voltadas ao mundo do entretenimento, Gregg acabou obtendo um emprego a US$ 12 por semana aos 15 anos, nos estúdios de William Fox. Em breve seu salário subiu para US$ 18 por semana como assistente de fotografia. Com o advento do cinema sonoro em 1927, os ruídos das câmeras tornaram-se um problema, exigindo a utilização de cabines à prova de som. Toland contribuiu para criar um dispositivo que silenciava o ruído da câmara e que permitia a câmara de locomover mais livremente. Em 1931, recebeu seu primeiro trabalho solo na comédia de Eddie Cantor, "Palmy Days" (31). Em 1940, foi contratado para trabalhar com Orson Welles, em "Cidadão Kane" – segundo dizem, Toland teria protegido o inexperiente diretor de eventuais embaraços nas reuniões de elenco e técnicos. Orson Welles afirmou que tudo o que ele sabia sobre a arte da fotografia havia ensinado por Toland em meia hora. Na verdade, antes da filmagem de "Cidadão Kane" Toland convidou Welles no final de semana em sua casa, ensinando a ele tudo o que o novato diretor deveria saber sobre lentes e câmara posições. Para o resto da sua vida, Welles elogiou Toland: "Ele não somente foi o maior fotógrafo que eu já trabalhei, como o mais rápido”.Para "Kane", Toland utilizou um método que ficou conhecido como "profundidade de campo”, porque mostrava nitidamente objetos em segundo plano. O teórico do cinema, André Bazin, disse que Toland trouxe democracia na arte de filmar, deixando para o espectador e não mais para o diretor escolher o que achava mais interessante numa determinada cena. Logo, Toland tornou-se o diretor de fotografia mais bem pago de sua época, chegando a receber mais de US$ 200.000, por um período de três anos. Ele também se tornou talvez o primeiro cinematografista a receber créditos nas aberturas dos filmes, em destaque, ao invés de ter o nome junto com outros técnicos.Tragicamente, a carreira de Toland foi interrompida em 1948, na idade de 44 anos. Toland tinha uma filha, Lothian, de seu segundo casamento e outros dois, Gregg Jr. e Timothy, do terceiro. Lothian tornou-se esposa do cômico Red Skelton. Foi um dos mais influentes e inovadores cinegrafistas do Cinema. De 1936 a 1942, foi indicado cinco vezes ao Oscar de Melhor Fotografia. Além de Orson Welles, trabalhou com os melhores diretores de sua época, incluindo John Ford, Howard Hawks, Erich von Stroheim, King Vidor e William Wyler. Nesta parceria, conquistou o Oscar de Melhor Fotografia de 1940 por O Morro dos Ventos Uivantes (39). Fonte:Diversos

Trabalhos Marcantes:
Os Miseráveis(35)
Beco Sem Saída(37)
Intermezzo, Uma História de Amor (39)
A Longa Viagem de Volta (40)
Cidadão Kane(41)

domingo, 17 de maio de 2009

SOBRE ONTEM À NOITE

“Eu peguei o fone e ela já estava na linha”


“Sobre Ontem à Noite” é uma comédia romântica a respeito de um bonito casal de moradores de Chicago – Danny Martin e Debbie Sullivan – que vive nos arredores do Side North sem pertecerem necessariamente à tribo yuppie. Enquanto Debbie é uma diretora de arte numa agência de propaganda, Danny está sem rumo profissional. Ele comercializa produtos para restaurantes, sem pique ou convicção - somente porque tem que cumprir algum ofício. Ambos se vêem pela primeira vez num jogo de softball numa praça. Depois, encontram-se novamente num singles bar. A partir daí, ficam atraídos e, ao invés de engatarem em outro drinque, seguem para casa e transam. Tudo parece um Banco Imobiliário, tendo camas e lençóis, ao invés de casas, hotéis, locadoras de automóveis, etc. Danny e Debbie então continuam nessa “relação” durante um tempo, atravessam o Ano Novo, apaixonam-se, deixam de estar apaixonados, lidam com os defeitos, discutem sobre relacionamento. São fotografados em closes transando (que fica bacana), em tomadas mais abertas, quando estão em crise doméstica (o que é engraçado) e em vista panorâmica, iluminada, sob o céu de Chicago, acompanhados por uma trilha sonora super 80´s (que não pára de tocar).

O filme foi baseado na peça “Sexual Perversity in Chicago”, de David Mamet., sobre Danny Shapiro e Debbie Soloman e como, com a ajuda de um casal de “melhores amigos”, o caso amoroso vai para o brejo. ''Sobre Ontem à Noite'' é um idílio romântico, interpretado com mais charme do que convicção por Rob Lowe e Demi Moore, nos papéis de Danny Martin e Debbie Sullivan, respectivamente. Elizabeth Perkins está muito bem, como a melhor amiga de Debbie (e às vezes, colega de quarto), Joan. Esta é uma professora crianças no jardim de infância, que tende a conversar como se estivesse relacionando sempre com crianças de 5 anos - mesmo nas grosserias com os rapazes do bar que freqüenta.

Não é por acidente que o melhor desempenho do filme fica por conta de James Belushi, como Bernie Litko, o auto-confiante (nem tanto), vulgar e maníaco melhor amigo de Danny. James está engraçado no papel de um sexista, um tipo inconveniente que não tem a minima nossa que quando adentra no bar ponto de encontro para uma “caçada”, mais se parece com um macaco numa loja de cristais.

Essas adaptações de peças de teatro em filmes sempre são difíceis de resultarem na mesma altura. Às vezes a tentativa vai além do esperado; outras, fica aquém da expectativa. Não sei qual foi o caso de “Sobre Ontem à Noite” em relação à peça de David Mamet. Porém, o filme em si é engraçado e trz algumas situações que um casal sempre está acostumado a enfrentar, ainda mais quando não há maturidade suficiente para a rotina da vida a dois e, para tal, recorre-se a palpites de terceiros. Ou a coisa melhora ou degringola de vez. Veja, mas não espere muito.




"Sobre Ontem à Noite" (About Last Night)
1986 – EUA - 113 min. – Colorido – DRAMA
Direção: EDWARD ZWICK. Roteiro: TIM KAZURINSKY E DENISE DeCLUE, baseado na obra “Sexual Perversity in Chicago”, de DAVID MAMET. Fotografia: ANDREW DINTENFASS. Montagem: HARRY KERAMIDAS. Música: MILES GOODMAN. Produção: JASON BRETT E STUART OKEN, distribuído pela TRI STAR PICTURES.

Elenco:
ROB LOWE (Danny) DEMI MOORE (Debbie), JAMES BELUSHI (Bernie), ELIZABETH PERKINS (Joan), GEORGE DiCENZO (Sr. Favio), MICHAEL ALLDREDGE (Mother Malone), ROBIN THOMAS (Steve Carlson), DONNA GIBBONS (Alex), MEGAN MULLALLY (Pat), PATRICIA DUFF (Leslie), ROSANA De SOTO (Sra. Lyons) e SACHI PARKER (Carrie).




Cenas do Filme:


Assista também:



O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas

domingo, 10 de maio de 2009

O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS

“Você sabe o que é isso? É fogo de Santelmo”


Na linha dos filmes sobre juventude escolar, “O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” fica no meio termo entre “O Reencontro” (83) e “O Clube dos Cinco” (85). No caso, seus personagens já estão suficientemente adultos para grandes demonstrações de idealismo; porém, jovens o bastante para necessitarem de auto-afirmação. No decorrer da estória, logo se deparam com a situação em que devem abrir mão das baladas e encontros noturnos no bar St. Elmo´s (que dá título ao filme), em busca de mais foco e responsabilidade para suas vidas. O filme tem como principal chamariz um elenco de postulantes ao estrelato (à época), que fizeram carreira e tornaram-se famosos posteriormente. Alguns deles, os brat-pack, lançados por Francis F. Coppola, dois anos antes, em “Vidas Sem Rumo” (83). Parece que, por causa disso, o diretor Joel Schumacher teve alguma dificuldade de tornar a participação do elenco proporcional. Em alguns momentos, a edição faz com que os personagens sejam um pouco superficiais, com a sensação de que deveriam ter uma presença maior. O filme fica bem mais interessante quando flerta com o elenco que, de fato, esbanja charme. Quando tenta abordar temas mais sérios dos personagens e seus problemas – drogas, sexualidade, carreira, relacionamento – o filme perde um pouco.

As tentativas, que lembram “O Clube dos Cinco”, de amenizar os assuntos - a euforia dando lugar às lágrimas, confissões, promessas de mudança e de amizade eterna, etc., - são mais bem sucedidas do que abordá-los de forma mais dura e realista. Uma cena embaraçosa é aquela na qual as três amigas – Jules (Demi Moore), Leslie (Ally Sheedy) e Wendy (Mare Winningham) - encontram-se para uma sopa num refeitório popular. Jules, em tom de brincadeira com as demais, declara que vai acabar sem dinheiro, como uma indigente – ao seu lado, uma velha indigente assiste a tudo. Apesar disso, fica uma parábola, na qual a senhora parece mais à vontade na situação do que a problemática Jules.

Há também um tom irônico em certas passagens, resvalando em aspectos políticos, mas que ficam frágeis. É o caso de Alec (Judd Nelson), que decide alterar sua filiação política por razões de salário. “Um senador republicano paga mais do que um senador democrata.", ele diz à namorada. "A gente podia comprar um sofá maior e depois a gente se casava". Em alguns momentos é esse o tipo de preocupação do filme – os yuppies da década de 80.

O diretor requinta o aspecto visual do filme - cenários modernos e moradias que lembram lofts, o que mostra alguns personagens esbanjando recursos esforçando para manter as aparências. Entretanto, a questão principal que o filme colocou é adivinhar daqueles atores/atrizes conseguiriam alçar vôos mais altos, após esse projeto.
Rob Lowe - cujo ar rebelde no enredo tornou-o o principal nome do elenco - virou um ídolo, repetiu outros filmes do gênero e obteve sua maturidade na série de TV “West Wing” (1999-2006). Em "O Primeiro Ano...", desempenha o papel do petulante e irresponsável Billy Hicks. Emilio Estevez, que também teve sua careira ampliada posteriormente, faz o papel de um biruta apaixonado, que às vezes se mete em situações embaraçosamente ridículas - principalmente quando seu objeto de desejo é bela Andie MacDowell.

Judd Nelson, o brigão de "O Clube dos Cinco", não está tão diferente aqui, apesar da gravata - numa demonstração de ser o personagem mais maduro do grupo, embora não o seja. Sua autoconfiança no filme às vezes descamba para o humor. Andrew McCarthy desempenha o personagem masculino menos intransigente do filme – o de um aspirante escritor, amigo de todos e o iconoclasta do grupo.

As personagens femininas são menos desenvolvidas no roteiro. Destaque para linda e drogada Jules (Demi Moore), a enfeitada e “preocupada com todos” Leslie (Ally Sheedy) e a assistente social virgem Wendy (Mare Winningham). Demi Moore é bela e ocupa a tela, embora não faça nada de especial, Maré Winningham faz muito para um personagem discreto e Ally Sheedy procura ser agradável, com senso de humor e inteligência.

"O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas" é um bom filme da década de 80. Mostra um produto para uma geração recém-saída de universidade e o início da vida profissional. Ao estilo Hollywood, diga-se bem.




"O Primeiro Ano do Resto de Nosss Vidas" (St. Elmo´s Fire)
1985 – EUA - 88 min. – Colorido – DRAMA
Direção: JOEL SCHUMACHER. Roteiro: JOEL SCHUMACHER E KARLS KURLANDER. Fotografia: STEPHEN H. BURUM. Montagem: RICHARD MARKS. Música: DAVID FOSTER. Produção: LAUREN SHULER, distribuído pela COLUMBIA.

Elenco:
EMILIO ESTEVEZ (Kirby Keger) ROB LOWE (Billy Hicks), ANDREW McCARTHY (Kevin Dolenz), DEMI MOORE (Jules), JUDD NELSON (Alec Newbary), ALLY SHEEDY (Leslie Hunter), MARE WINNINGHAM (WEndy Beamish), MARTIN BALSAM (Sr. Beamish), ANDIE MacDOWELL (Dale Biberman), JOYCE VAN PATTEN (Sra. Beamish) e JENNIE WRIGHT (Felicia).




Cenas do Filme:


Assista também:



O Clube dos Cinco