quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

FANATISMO MACABRO

“Stephen?...Stephen? Ela está nesta casa, querido....”


O filme retrata uma frustrada atriz, Sra. Trefoile (Tallulah Bankhead), mergulhada em forte fundamentalismo religioso, que recebe a visita da ex-namorada de seu filho já morto. Fanática, ela tenta resgatar um vínculo do relacionamento que existiu entre seu filho Stephen e Patricia, interpretada por Stefanie Powers. Não concordando com os hábitos de vestir e de comportar-se da ”nora”, Sra. Trefoile busca purificá-la para o filho. Seguem-se sermões e discussões bíblicas, até que Patricia, percebendo os exageros da "sogra", tenta fugir. É o que basta para que Sra. Trefoile a torne sua prisioneira, com a ajuda da empregada Anna (Yootha Joyce), do marido desta (Peter Vaughn) e de um débil mental, protagonizado por Donald Sutherland.

Seguindo o que foi comum nos anos 60, quando grandes estrelas de décadas anteriores (Bette Davis, Joan Crawford e outras) enveredaram por produções de baixo orçamento – na maioria filmes de terror ou suspense - esta foi a vez de um tour de force de Tallulah. Sua intensidade dramática – embora em alguns momentos ela super representa -, tom vocal e trejeitos têm uma extensão que vai desde uma educada e polida senhora até uma maluca descontrolada.

Stefanie Powers interpreta uma Patricia à vezes deslocada, mas que duela de forma honesta com a grande atriz. O elenco britânico de coadjuvantes funciona bem, com destaque para Donald Sutherland, bastante convincente no papel de Joseph. Mas o show é de Tallulah que, quase sem artificios (maquiagem, e algumas vezes despenteada) mostra – com maneirismos, é verdade - a grande atriz que foi. Embora datado como a maioria dos filmes da Hammer, o filme garante bons momentos de suspense. Para ver e ter na prateleira.



Fanatismo Macabro (Fanatic)
1965 – INGLATERRA - 97 min. – Colorido – TERROR
Direção: SILVIO NARIZZANO. Roteiro: RICHARD MATHESON, baseado na obra “Nightmare” de ANNE BLAISDELL. Fotografia: ARTHUR IBBETSON. Montagem: JOHN DUNSFORD. Música: WILFRED JOSEPHS. Produção: ANTHONY HINDS, para a HAMMER, distribuído pela COLUMBIA.

Elenco: TALLULAH BANKHEAD(Sra. Trefoile), STEFANIE POWERS ( Patricia Carroll), PETER VAUGHN (Harry), MAURICE KAUFMANN (Alan Glentower), YOOTHA JOYCE (Anna), DONALD SUTHERLAND (Joseph), GWENDOLYN WATTS (Gloria), ROBERT DORNING (Ormsby), PHILIP GILBERT (Oscar), WINIFRED DENNIS (Lojista) e DIANA KING (Vendedora)



Cenas do filme:



Assista também:




Um Barco e Nove Destinos

3 comentários:

Miguel Andrade disse...

Esses filmes de suspense psicológico (mezzo Psicose, mezzo baby jane) com as grandes divas de outrora, em franca decadência, são saborosamente kitshs!

Die Die My Darling é uma delícia do princípio ao fim!

Não entendi você se referir a "maioria dos filmes da Hammer" como "datados" ... Mas enfim...

Anônimo disse...

Nunca ouvi falar deste. Mas fiquei bem interessado pelos comentários, curto muito filmes que seguem esta linha mais bizarra.

Ciao!

Marcel Gois disse...

Opa, estou passando rapidinho só para lembrar que o prazo de envio das apostas para a segunda fase do 1º Bolão do Talking About Movies está chegando ao fim. As apostas para serão fechadas as 24h do dia 21 (proximo sábado). Não deixe de participar.
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Abraço.