quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

TRIBUTO A NINA FOCH

Nina Foch, a atriz nascida na Holanda, que ficou conhecida em filmes interpretando sempre loiras sofisticadas e cool, morreu em Los Angeles aos 84 anos, no último dia 08 de dezembro. Provavelmente é mais lembrada pelos cinéfilos como a rica e manipuladora socialite que tenta “comprar” Gene Kelly, assim como seus quadros em “Sinfonia em Paris” (51) ou como Bithia, a filha do faraó, que acha e adota Moisés bebê em “Os Dez Mandamentos” (56). Mas Nina (pronuncia-se Fosh) recebeu seu maior reconhecimento como atriz pelo menos conhecido “Um Homem e Dez Destinos” (54), um drama sobre poder corporativo, no qual recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, no papel da agoniada secretária Erica Martin.


Nina cresceu em Nova York, tendo feito seu debut em “John Loves Mary”, uma comédia acerca de um soldado e sua noiva, em 1947. Interpretou outros quatro papéis na Broadway entre 1948 e 1960. Partiu para ensinar e treinar atores. Foi filiada à escola de cinema da University of Southern California durante quatro décadas e ao centro de estudos de cinema do American Film Institute nos anos 70. Nina Consuelo Maud Fock nasceu em Leyden, Holanda, em 20 de Abril de 1924. Seu pai, Dick Foch, um maestro, mudou-se para New York em 1928. Logo, foi envolvido num tumultuado divórcio e numa batalha com sua esposa pela custódia da criança, Consuelo Flowerton, uma atriz norte-americana. Nina terminou morando com sua mãe. Depois de graduar-se no Lincoln School em Manhattan, Nina cursou o American Academy of Dramatic Arts. Sua primeira aparição nas telas foi no curta-metragem “Wagon Wheels West” (1943) aos 19 anos. Realizou sua estréia num longa metragem no ano seguinte num filme de terror, “O Vampiro”, com Bela Lugosi, onde interpretava a vulnerável Nicki Saunders, neta de um professor que havia sido atacada por um vampiro quando criança.

Após esse filme, seguiu-se o terror “The Cry of the Werewolf” (1944), e uma série de dramas policiais, cuja lista “Shadows in the Night” (1944), “Boston Blackie´s Rendezvous” (1945) e “Passado Tenebroso” (1948), que deu a ela uma reputação de rainha dos filmes-B. “Sinfonia em Paris” mudou isso, elevando-a a outro patamar. Interpretou Maria Antonieta em "Scaramouche” (52) e a manipuladora Helena Glabrus em “Spartacus” (60).A televisão manteve sua imagem viva, em séries como “Studio One”, “That Girl” e “Rota 66”. Apareceu também em diversos filmes para a TV e minisséries, tais como a governanta Sra. Danvers, em “Rebecca”, uma condessa nazista, em “War and Remembrance” e uma alcoólatra em “Tales of the City”

Também enveredou como diretora, tendo participado, mesmo não creditada, como assistente de direção em “O Diário de Anne Frank” (1959), filmado em Amsterdam. Em 1996, ela e a atriz Deborah Raffin co-dirigiram “Um Amor Abençoado”, um filme de televisão, baseado na obra de LaVyrle Spencer. Periodicamente, voltava a filmar, atuando em “Mahogany” (1975), o drama de AIDS “A Última Festa” (95) e “Meu Novo Amor” (2003), no qual ela interpreta uma avó que fuma maconha. Nina casou-se e divorciou três vezes. Seu primeiro marido foi James Lipton (1954-58) , apresentador do programa “Inside the Actors Studio” . Seu segundo marido, foi Dennis de Britto (1959-63) , um roteirista televisivo, com o qual teve um filho. Em 1966, ela casou-se com Michael Dewell, um produtor teatral. Divorciaram-se em 1993, um ano antes de sua morte.

Um comentário:

Kau Oliveira disse...

Putz, que ruim! Assisti Sinfonia de Paris e Os Dez Mandamentos, com ela. Sempre muito original e talentosa...

Que fique em paz.